Cansado de ver seu conteúdo se perder no meio do barulho das redes sociais? Quer entender como os principais criadores conseguem produzir vídeos que realmente se destacam?

A seguir, você vai conhecer uma metodologia comprovada para analisar formatos de conteúdo de sucesso e adaptá-los para o seu próprio nicho.

Por que o Storytelling em Vídeos é Fundamental para o Marketing

Com cerca de 5 bilhões de pessoas nas redes sociais atualmente, romper a barreira do excesso de conteúdo se tornou um desafio enorme. No passado, os criadores disputavam atenção com poucos milhões de postagens; hoje, competem com bilhões.

A chave para o sucesso está em entender como os algoritmos funcionam. Ao contrário do que muitos pensam, as plataformas não “boicotam” o alcance para forçar anúncios pagos. O real objetivo é manter os usuários no aplicativo pelo máximo de tempo possível, servindo mais anúncios e aumentando o lucro.

É aí que o storytelling entra. Como explica Brendan Kane, fundador da Hook Point: “A melhor forma de manter a atenção, seja em livros, filmes ou conversas, é contar histórias”. Basta alguém dizer “deixa eu te contar uma história” para atrair nossa atenção.

O Modelo de Conteúdo Viral de Brendan Kane para Vídeos Orgânicos de Curta Duração

Brendan Kane começou sua trajetória no marketing de vídeo ainda na faculdade de cinema, estudando narrativas clássicas e produção audiovisual. Ao se mudar para Los Angeles, percebeu uma oportunidade no meio digital ainda pouco explorado após o estouro da bolha da internet.

Trabalhando em um estúdio de cinema, notou que, apesar dos altos investimentos em marketing, a indústria tinha dificuldades para se conectar com o público. Em 2005, com o surgimento de plataformas como YouTube, Facebook e MySpace, Kane enxergou um novo caminho.

Seu primeiro grande sucesso foi com o filme “Adrenalina” (Crank), estrelado por Jason Statham. Com um orçamento modesto, Kane criou a primeira campanha de marketing via influenciadores no YouTube — antes mesmo do termo “influencer” existir. Ele conseguiu parcerias importantes com criadores de conteúdo oferecendo entrevistas com estrelas do filme, sem custo financeiro.

A partir daí, inovou ainda mais, desenvolvendo a primeira plataforma tecnológica voltada para influenciadores, licenciada para grandes emissoras. Kane trabalhou também com celebridades como Taylor Swift e Rihanna, ajudando-as a converter tráfego de redes sociais em vendas.

Toda essa experiência revelou um problema: muitas empresas ainda aplicavam modelos criativos tradicionais nas redes sociais, sem entender as dinâmicas específicas desse ambiente. Foi então que Kane estruturou um modelo sistemático para a criação de conteúdos de alta performance, baseado em mais de 10 mil horas de pesquisa e na identificação de mais de 220 formatos de conteúdo diferentes.

As 5 Etapas para Criar Conteúdo Viral

1. Pesquisar e Identificar Formatos de Vídeos Orgânicos de Sucesso

Antes de começar, é importante entender dois princípios básicos:

• Conteúdo orgânico não é feito para vender diretamente. Ele deve construir relacionamento, gerando confiança para futuras compras.
• Existe uma diferença entre tendências e formatos. Tendências como o “desafio do balde de gelo” passam rápido, enquanto formatos são estruturas narrativas replicáveis que funcionam ao longo do tempo.

Com essa mentalidade, existem duas formas principais de fazer pesquisa:

• Observe os formatos que aparecem com frequência no seu feed. Os algoritmos já mostram conteúdos que estão funcionando.
• Use as ferramentas de busca das plataformas para pesquisar temas ligados ao seu nicho, como “dicas de alimentação” ou “conselhos de negócios”, dependendo da sua área.

Ao encontrar formatos promissores, registre cada um em uma planilha junto com o nome do criador.

Exemplos de Formatos de Vídeos Curtos de Sucesso

• Formato “Homem na Rua”: O criador interage com pessoas aleatórias em espaços públicos e registra suas reações.
• Formato “Dois Personagens, Uma Ideia”: O criador interpreta tanto o especialista quanto o leigo, desmontando mitos ou dúvidas comuns.
• Formato “Lista Caminhando”: O criador compartilha uma lista de dicas ou informações enquanto anda, deixando o vídeo mais dinâmico e informal.
• Formato “Desafio”: O criador se propõe a cumprir um desafio pessoal e mostra o processo e o resultado, explorando a tensão e o impacto da transformação.

2. Escolher e Analisar um Formato de Vídeo

O objetivo de criar vídeos não deve ser apenas “viralizar”. Eles precisam se conectar com a sua área de atuação, produtos ou serviços.

Por exemplo, o criador do canal SB Mowing transformou a manutenção de jardins em conteúdo envolvente. Ele combina elementos de “homem na rua” e “transformação”, oferecendo gratuitamente serviços de limpeza de quintais negligenciados e registrando a mudança radical — sempre reforçando sua autoridade na área.

Para encontrar o formato ideal:

• Revise a lista de formatos e criadores que você mapeou.
• Escolha aquele que melhor se encaixa com sua personalidade, sua expertise e o público que você quer atingir.
• Lembre-se: o vídeo só funcionará se parecer autêntico, e não forçado.

3. Adaptar o Formato de Vídeo para o Seu Nicho

Depois de escolher o formato ideal, o próximo passo é adaptá-lo ao seu público e setor.

Pergunte-se:

• Que tipo de transformação ou insight eu posso mostrar dentro desse formato?
• Que contexto ou cenário faria sentido para o meu público?
• Como posso trazer um diferencial que reflita minha identidade e expertise?

Por exemplo, se você trabalha no ramo fitness, poderia adaptar o formato de “lista caminhando” para “5 exercícios fáceis para fazer em casa enquanto anda pelo parque”.

Se você é consultor de negócios, poderia usar o “formato dois personagens” para ilustrar erros e acertos comuns de empreendedores iniciantes.

O mais importante é personalizar o conteúdo para que ele tenha valor genuíno para seu público e reflita sua autoridade no tema.

4. Produzir o Vídeo com Estratégia

Agora é hora de gravar. Algumas boas práticas fundamentais para vídeos curtos em 2025:

• Capture a atenção nos primeiros 3 segundos.
  Use uma pergunta intrigante, uma cena impactante ou um problema comum que o público queira resolver.
• Conte uma história.
  Mesmo em poucos segundos, leve o público de um ponto A (o problema) até um ponto B (a solução ou resultado).
• Varie os planos.
  Não fique só em uma cena estática: alterne ângulos, insira cortes dinâmicos ou adicione legendas animadas para manter o ritmo visual.
• Seja autêntico.
  Hoje, autenticidade vence perfeição. Um vídeo simples, mas honesto, gera mais conexão do que produções frias e excessivamente roteirizadas.
• Use chamadas para ação discretas.
  No final, incentive comentários, compartilhamentos ou visitas ao seu perfil, mas de maneira natural.

5. Publicar, Medir e Otimizar

Depois da publicação, seu trabalho continua:

• Acompanhe as métricas.
  Observe retenção de audiência, taxa de conclusão e engajamento para entender o desempenho real.
• Analise padrões.
  Veja quais formatos e estilos geraram mais visualizações e interações.
• Ajuste e experimente.
  Pequenas mudanças no gancho inicial, nos cortes ou na estrutura podem gerar melhorias significativas.

Lembre-se: sucesso com vídeos curtos não depende de “acertar na loteria viral”. Trata-se de consistência, adaptação e aprendizado contínuo.

Conclusão

Em 2025, criar vídeos curtos de sucesso exige mais do que seguir tendências passageiras. A verdadeira estratégia está em identificar formatos duradouros, adaptá-los ao seu nicho com autenticidade e construir uma conexão real com o público.

Ao seguir essas etapas — pesquisa, escolha, adaptação, produção e otimização — você transforma seu conteúdo em uma ferramenta poderosa para ampliar seu alcance e fortalecer sua marca no digital.