Criadores vs. Influenciadores: A Identidade Mutante do Talento das Mídias Sociais

Criadores vs. influenciadores: o que há em um nome?

Um criador de conteúdo, é alguém que cria e compartilha conteúdo com a intenção de educar ou entreter o público em plataformas de mídia social.

São indivíduos que, na maioria dos casos, transformaram seu hobby ou paixão de nicho em um modelo de negócio, criando vídeos, escrevendo blogs, apresentando transmissões ao vivo e lançando podcasts e compartilhando-os em plataformas de mídia social.

Mas e os influenciadores? O que os torna diferentes?

Antes de 2015, o termo “influenciador” nem existia no. Quase dez anos depois, o termo e a proliferação desses indivíduos decolaram, pois há mais de 64 milhões de contas de influenciadores somente no Instagram.

Influenciadores, em termos simples, são pessoas que inspiram ou guiam as ações de outros. Eles alavancam seus públicos engajados para promover produtos por meio de campanhas de marketing estratégicas, ao mesmo tempo em que elevam suas próprias marcas. O termo está tão arraigado na publicidade comercial que muitas vezes é intercambiável com termos como porta-voz da marca, defensor da marca, parceiro da marca e embaixador da marca.

Embora as duas identidades compartilhem semelhanças, elas geralmente são percebidas de forma bem diferente, o que afeta conexões pessoais e oportunidades profissionais.

Percepção Cultural

Nas plataformas de mídia social, “criador” é frequentemente associado à inovação e entusiasmo. De fato, 39% dos consumidores relataram assistir mais conteúdo produzido por criadores em comparação com a mídia tradicional. Criadores focam em tendências e promovem engajamento por meio de narrativas autênticas e relacionáveis, tornando-se atraentes para públicos e marcas.

Em contraste, “influenciador” pode ser visto como parte de uma abordagem mais comercializada das mídias sociais, onde parcerias de marca podem ofuscar a criatividade pessoal. À medida que essas percepções continuam a evoluir, marcas e profissionais de marketing precisam adaptar suas estratégias para aproveitar efetivamente as forças tanto de criadores quanto de influenciadores.

A Mudança na Identidade

Semelhante à transição do termo “secretária” para “assistente executiva” devido a conotações limitantes e desatualizadas, o título “influenciador” está passando por uma transformação. Em 2024, muitos preferem ser chamados de criadores, líderes de pensamento ou especialistas no assunto. Há uma conversa substancial online sugerindo que a maioria dos categorizados como influenciadores sente que o termo não reflete mais a profundidade e nuances de seu trabalho, estando associado a relações puramente transacionais e promoções superficiais. Outros motivos para a mudança de auto-identificação incluem:

Autenticidade e Transparência: Públicos valorizam transparência sobre comercialismo. Alguns influenciadores sentem que o rótulo implica um papel unidimensional focado apenas em vendas, o que pode gerar desconfiança. Por outro lado, “criador” sugere um foco na produção de conteúdo genuíno que ressoa em um nível mais profundo.

Controle e Liberdade Criativa: Ser visto como influenciador pode limitar esses indivíduos, implicando que seu valor principal está na promoção de produtos, em vez da criação de conteúdo original e envolvente. Ao adotar o papel de “criador”, eles podem se posicionar para trabalhar em projetos que os inspiram, em vez de simplesmente influenciar o público a comprar.

Legitimidade Profissional: Apesar de sua eficácia, a indústria de influenciadores há muito batalha contra a percepção de que não é um trabalho sério, especialmente no espaço B2C. Ao mudar para “criadores”, estrelas das mídias sociais podem se alinhar a outras posições criativas e solidificar o verdadeiro valor de seu trabalho.

A Visão das Marcas sobre Criadores vs. Influenciadores

A discussão pública sobre o uso de “criador” e “influenciador” por usuários online não é nova, mas certamente se tornou mais comum. No entanto, as marcas realmente se importam? Ao planejar uma campanha de marketing centrada em criadores de conteúdo, elas realmente descartariam alguém por se autodenominar influenciador? A resposta é um retumbante não.

Marcas estão mais interessadas no engajamento autêntico e na capacidade de alcançar públicos-alvo de maneira significativa. Seja através de criadores ou influenciadores, o objetivo é estabelecer conexões genuínas que promovam confiança e lealdade à marca. Portanto, independentemente do rótulo, o foco está na qualidade do conteúdo e na autenticidade da interação com o público.

Em resumo, embora os termos “criador” e “influenciador” possam ter conotações diferentes, ambos desempenham papéis cruciais no ecossistema de marketing digital. A chave para marcas e profissionais de marketing é reconhecer essas nuances e colaborar com indivíduos que personificam autenticidade, criatividade e engajamento genuíno, independentemente do título que escolham.