Os Melhores e Piores Rebrandings de 2025

Selecionamos alguns dos melhores e piores rebrandings de 2025 para mostrar exatamente o que fazer — e o que evitar — quando o assunto é transformar a identidade de uma marca.

Por que rebrandings importam?

Um rebranding bem executado pode reposicionar a marca no mercado, modernizar sua imagem e aproximá-la de novos públicos. Mas quando o processo falha, o resultado pode ser confusão, perda de reconhecimento e até danos duradouros à reputação.


Quando o rebranding dá errado

1. Identidade apagada

Um dos erros mais comuns é simplificar demais. Ao tentar modernizar, algumas marcas acabam removendo características essenciais que as tornavam únicas. Sem personalidade visual, tornam-se genéricas e menos memoráveis.

2. Mudança radical sem preparo

Alterar tudo ao mesmo tempo — logo, paleta, tipografia e linguagem — pode desorientar o público. Quando não há comunicação clara sobre as razões da mudança, as pessoas não entendem o que a marca quer transmitir, o que gera resistência.

3. Falta de conexão com os consumidores

Rebrandings que ignoram o apego emocional do público ao visual anterior frequentemente recebem forte rejeição. A marca perde seu capital simbólico, e o público sente que algo importante foi descartado.

Um bom logo deve aumentar a distinção da marca, não reduzi-la.

Quando o rebranding falha, o impacto vai além da estética: pode abalar a confiança e reduzir o valor percebido da marca.


Quando o rebranding acerta

1. Evolução com propósito

Quando há intenção estratégica — como reposicionamento, expansão ou mudança de cultura — a nova identidade ganha força. A evolução visual reforça a narrativa e ajuda a marca a comunicar sua nova fase.

2. Consistência em todos os pontos de contato

Um rebranding só funciona quando a mudança aparece em todo o ecossistema da marca: redes sociais, site, embalagens, atendimento, comunicação institucional, produtos e campanhas. Consistência reforça reconhecimento.

3. Relevância no contexto atual

Marcas que se atualizam de acordo com tendências de design e comportamento do consumidor mantêm relevância e longevidade. Isso inclui modernização de tipografia, acessibilidade visual e adaptação a plataformas digitais.

Quando é bem planejado e bem executado, o rebranding revitaliza, reposiciona e fortalece a marca.


Lições essenciais para quem pensa em rebranding

1. Comece pelo “porquê”

O rebranding deve ter uma razão estratégica clara. Sem isso, a mudança se torna estética e superficial.

2. Preserve o legado da marca

Elementos reconhecidos — cores, símbolos, traços, mascotes — carregam valor emocional. Removê-los sem critério pode desconectar a marca do seu público.

3. Seja consistente em toda a comunicação

Uma identidade incoerente entre diferentes canais enfraquece o reconhecimento.

4. Ouça seu público

Feedbacks, pesquisas e testes ajudam a medir aceitação e identificar quais elementos são essenciais.

5. Planeje a transição

Uma mudança gradual — acompanhada de explicações claras — costuma gerar mais aceitação do que uma ruptura inesperada.

6. Alinhe estética e essência

O visual só funciona quando reflete valores, personalidade e posicionamento. Rebrandings apenas “bonitos” não geram impacto real sem coerência estratégica.


Tendências de Rebranding para 2025 e 2026

O cenário de branding está mudando rapidamente, impulsionado por novas plataformas digitais, inteligência artificial, mudanças culturais e a busca por marcas mais autênticas. Aqui estão algumas tendências que já moldam os rebrandings modernos.


1. Minimalismo estratégico (não radical)

O minimalismo continua relevante, mas a tendência agora é aplicar simplicidade com intenção — e não como solução genérica.
As marcas estão evitando remover elementos característicos e, em vez disso, apostando em:

  • simplificação sem neutralizar a personalidade
  • cores-chave preservadas
  • formas icônicas refeitas com maior precisão
  • tipografias modernas, porém expressivas

O objetivo é equilibrar modernização e memória visual.


2. A influência da IA nas identidades visuais

Com ferramentas avançadas de IA, o processo de rebranding deixou de ser apenas manual. As marcas estão utilizando inteligência artificial para:

  • explorar variações infinitas de logos
  • criar sistemas de identidade dinâmicos
  • testar combinações de cores e layouts
  • antecipar reações do público por meio de simulações

A IA não substitui o design — mas acelera insights e oferece novas possibilidades criativas.


3. Sistemas de marca flexíveis para múltiplas plataformas

As marcas precisam funcionar em:

  • telas pequenas (smartphones, smartwatches)
  • ambientes imersivos (realidade aumentada e XR)
  • embalagens físicas
  • vídeos curtos e acelerados
  • interfaces minimalistas de apps

Por isso, os rebrandings atuais focam em identidades modulares, com logos adaptativos e elementos gráficos que se desdobram facilmente em qualquer mídia.


4. Identidades que reforçam propósito, não apenas estética

Nos últimos anos, o público se tornou mais atento ao posicionamento das marcas. Por isso, rebrandings modernos se conectam a:

  • causas que a marca apoia
  • responsabilidade social
  • sustentabilidade
  • impacto comunitário
  • cultura interna e valores reais

O visual passa a ser consequência de uma narrativa — não o ponto de partida.


5. Retorno de elementos orgânicos e feitos à mão

Após anos de logos ultraminimalistas, cresce o interesse por:

  • texturas naturais
  • formas ilustradas
  • linhas feitas à mão
  • imperfeições intencionais

Esses elementos criam proximidade e autenticidade, especialmente para marcas que desejam reforçar humanidade em um mundo hiper-digitalizado.


Erros comuns em rebrandings — com exemplos hipotéticos

Para complementar as análises, aqui estão erros recorrentes que acontecem todos os anos — inclusive em grandes marcas.


1. Rebranding sem diagnóstico real

Algumas empresas mudam a identidade visual por impulso, por modismo ou por pressão competitiva, sem avaliar:

  • por que o branding atual não funciona
  • quais problemas precisam ser resolvidos
  • se a marca tem maturidade para uma mudança profunda

Resultado: um rebranding bonito, mas completamente desconectado da estratégia.


2. Perder a essência tentando parecer “moderno”

Imagine uma marca tradicional de alimentos artesanais adotando um estilo futurista, metálico e tecnológico.
A estética pode até ser bonita, mas comunica o oposto da proposta de valor da marca.

Quando o visual contradiz o posicionamento, o rebranding falha imediatamente.


3. Falha no rollout

Muitas marcas subestimam a etapa de implementação:

  • logos antigos e novos convivendo por meses
  • embalagens desatualizadas circulando ao mesmo tempo
  • redes sociais incoerentes
  • equipe interna não treinada

O público percebe essa bagunça — e isso prejudica o impacto da mudança.


4. Não medir resultados

Um rebranding é um investimento, e deve ser acompanhado de:

  • métricas de reconhecimento
  • análise de percepção
  • impacto nas vendas
  • engajamento nas redes sociais
  • recall de marca

Sem isso, a marca não sabe se a mudança funcionou — ou se precisa corrigir o curso.


Como preparar um rebranding de sucesso: guia prático

Se você está planejando uma mudança de identidade, aqui vai um roteiro estratégico usado por grandes marcas:


1. Comece com pesquisa profunda

Inclua:

  • auditoria interna
  • análise de concorrentes
  • entrevistas com consumidores
  • avaliação de marca atual (pontos fortes e fracos)

Quanto mais dados, mais segura será a transição.


2. Crie uma narrativa central

Pergunte:

  • Qual história queremos contar agora?
  • Como nossa evolução deve ser percebida?
  • O que queremos que o público sinta?

O visual deve nascer dessa narrativa, não o contrário.


3. Construa um sistema, não apenas um logo

Um rebranding eficiente inclui:

  • tipografia proprietária
  • paleta de cores clara e usável
  • ícones e elementos gráficos
  • diretrizes para foto, vídeo e ilustração
  • aplicação em redes sociais
  • aplicação em embalagens
  • guideline completo

4. Teste antes de lançar

Faça:

  • grupos de foco
  • testes A/B em plataformas digitais
  • análises internas

Pequenos ajustes antes do lançamento evitam grandes crises depois.


5. Prepare um lançamento com storytelling

Mostre:

  • o antes e depois
  • o porquê da mudança
  • o impacto cultural
  • como o público se beneficia

A comunicação é metade do sucesso.


6. Monitore o impacto por meses

O rebranding não termina no lançamento — ele começa nele.


Conclusão

Rebrandings são ferramentas poderosas de transformação.
Eles revitalizam marcas, abrem novos caminhos e atualizam a forma como elas se apresentam ao mundo.

Mas, para funcionar, precisam de estratégia, pesquisa, coerência e execução impecável.

2025 e 2026 mostram um cenário em que:

  • o público exige mais autenticidade
  • as plataformas exigem mais flexibilidade
  • a estética exige mais originalidade
  • e a tecnologia exige mais adaptação

Marcas que conseguirem unir todos esses elementos terão rebrandings que não apenas acompanham o futuro — mas o definem.